terça-feira, 29 de março de 2016

The Casualties Of Jazz

The Casualties Of Jazz - Kind Of Black (A Salute To Black Sabbath) (2004)

EUA
Jazz + Rock
Matt Rohde (órgão Hammond B3), Chris Golden (contrabaixo) e Jimmy Paxson Jr. (bateria)

Essa é uma ideia que pode até parecer bizarra, mas o resultado certamente é totalmente surpreendentemente excelente. Misturar jazz e Black Sabbath? Decerto há alguns anos atrás muitos achariam até uma blasfêmia, tanto os puristas do jazz quanto os fãs do Sabbath, do rock e do metal em geral, fazer esse tipo de coisa. Ainda bem que vivemos em outros tempos e tem bons loucos pelo mundo que não têm medo de se aventurar ou de se livrar de preconceitos de forma irreverente e divertida.
Os três loucos desse caso formam o The Casualties of Jazz e todos eles são músicos respeitadíssimos, que gravam e fazem tours com vários artistas renomados. Paxson Jr. e Golden, por exemplo, tocaram com Rod Stewart no álbum “Great American Songbook Vol. II”.
Jimmy tocava com Ronnie Montrose, em 1998, quando Brian Crumrine (baterista da banda que abria para Montrose) disse que ele deveria conhecer seu amigo Chris Golden, excelente baixista; quando os dois se conheceram, foram fazer um som e, então, Chris sugeriu que chamassem Matt Rohde, com quem já tocava, para se unir a eles. O trio se formou e logo em seguida conseguiram residência num bar em Burbank, CA, onde tocaram por dois anos em todas as segundas-feiras, até que resolveram deixar esse projeto suspenso por algum tempo, enquanto continuavam a participar, cada uma ao seu modo, de sessões de gravação e shows diversos.
Foi justamente nas sessões de gravação do tal álbum do Rod Stewart que o engenheiro de gravação, J. J. Blair, num momento “sweet leaf” de descontração, sugeriu que eles fizessem seu próprio tributo, mas dessa vez ao Black Sabbath. Surgiu então esse disco que estou postando, “Kind Of Black”, idealizado, produzido, gravado e mixado por Blair. Infelizmente, esse foi o único álbum que o trio lançou.
Se você ainda não conhece, surpreenda-se com esse disco totalmente excelente, onde a diversão é 100% garantida.

P.S.: para aqueles que curtem uma boa piada interna, esse disco foi gravado, mixado e lançado pelo estúdio Fox Force Five, que é o nome daquele grupo de mulheres agentes especiais, no qual a personagem de Uma Thurman em Pulp Fiction teria participado e gravado o piloto de uma série (que não deu certo).



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quinta-feira, 24 de março de 2016

The Sheepdogs


Canadá
70’s Rock Revival
Southern Rock + Classic Rock + [Rock³ + Hard² + Blues² + Country + Folk + Soul + (AltRock + Psych)]

Ewan Currie (vocais e guitarra), Leot "Tanson" Hanson (guitarra e vocais – 2006-2014), Rusty Matyas (guitarra e vocais – 2014 - ), Ryan Gullen (baixo e vocals) & Sam Corbett (bateria e vocais) + Shamus Currie (trombone e percussão) e Jimmy Bowskill (guitarra e lap steel)

Um dos filhos do bom e velho rock ‘n’ roll que mais se qualifica como legitimamente americano é o southern rock, que é representado por nomes de peso pesadíssimo como Lynyrd Skynyrd, Allman Brothers, Creeedence Clearwater Revival, ZZ Top e, um pouco mais recentemente, The Black Crowes – algumas das melhores bandas de todos os tempos, nada mais, nada menos, e isso só pra citar umas poucas.
Algo bem interessante na história do southern rock é que muitas bandas não americanas também o representam de maneira indubitavelmente importante, como é o caso da maravilhosa The Band, que é canadense. Seguindo esse pensamento, duas das minhas preferidas representantes atuais do gênero também vêm do Canadá: White Cowbell Oklahoma e The Sheepdogs. Sendo que esta última, batizada com o nome de uma das raças de cachorro mais bacanas que existe, é a protagonista desta postagem – que, pensando bem, não pode deixar de ser de uma autenticidade a toda prova, porque também são do sul, mas do Canadá... hehehe
Assim como em outra das minhas preferidas, a Drive-By Truckers, os caras da The Sheepdogs também se interessam por outras vertentes musicais, outros ritmos, gêneros e estilos, modernos ou não, seja lá como referência ou influência mesmo, mas seus pés se mantêm fincadíssimos nas tradições do mais puro rock.
No começo, Ewan Currie, Ryan Gullen e Sam Corbett formavam um power trio chamado The Breaks, até que com a entrada do guitarrista Leot Hanson, em 2006, aproveitaram também pra mudar o nome da banda. Lançaram seus três primeiros discos de forma quase independente, e acabaram conseguindo uma maior notoriedade justamente com o terceiro, “Learn & Burn”, de 2010, graças a uma competição promovida pela revista Rolling Stone americana, onde o público escolheu a capa desse disco como a melhor daquele ano (ou qualquer coisa parecida...). “Learn & Burn” lhes rendeu vários prêmios e, ainda, um contrato com a Atlantic Records, pela qual lançaram um álbum homônimo em 2012
O certo é que todos os álbuns são totalmente excelentes, em menor ou maior grau, de acordo com o gosto de quem os escuta. Cinco álbuns oficiais em menos de 10 anos de banda é algo de impressionante nos dias de hoje (sem contar EPs e singles), ainda mais sendo discos de extrema qualidade musical. Além de tudo, parece que o tempo só fez bem à banda, já que “Future Nostalgia”, de 2015, foi mega ultra super elogiado por todos, crítica e público, e a palavra “maturidade” é uma das virtudes mais comuns entre todos esses.
Estou disponibilizando aqui os 5 álbuns e 2 EPS. Eu deveria ter feito isso antes, quando meu big brother Edson d’Aquino, El Quemador de Las Berlotas Lisérgicas, postou o último deles lá no Gravetos & Berlotas e fez uma referência a este que vos escreve, mas a verdade é que só achei os arquivos (quase sem querer) na semana retrasada... Então, sem mais delongas, aí estão, todos para sua mais imoderada diversão.



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sexta-feira, 18 de março de 2016

RE-UPS!!! ATUALIZAÇÃO MEGA BLASTER!!!

Aproveitei enquanto meu notebook estava no “hospital” para vasculhar HDs e DVDs que contêm muito do que tenho baixado nos últimos anos. Acabei encontrando um monte de discos que postei aqui e resolvi, finalmente, re-upar o máximo que pude (por isso a demora em publicar uma nova postagem) para atualizar algumas postagens antigas.
É só clicar nos títulos abaixo para chegar diretamente à postagem original e, então, pegar os links na caixa de comentários, como já é de praxe por aqui.
No mais, galera, é o de sempre: divirtam-se!!













 Rush











sexta-feira, 11 de março de 2016

Royal Blood

Royal Blood (2014) [Japan Edition]

Inglaterra
Rock + Alternative + Garage + Fuzz + Hard + Blues + Psychedelic
Mike Kerr (vocais e baixo) e Ben Thatcher (bateria)

Por causa das postagens de duas bandas sem baixo, resolvi postar uma que só tem baixo, bateria e voz, a incrível dupla Royal Blood.
Para mim o show da dupla foi a grande surpresa do último Rock In Rio, um perfeito contraponto ao excesso de excessos que rondou todo o festival, além de ter sido, muito provavelmente, a única banda de ROCK DE VERDADE a pisar naquele palco principal – estou falando de rock, rock mesmo, já que o mais próximo desse apelo de “rock mais puro” a se apresentar foi o Hollywood Vampires (recheado de excessos....).
Sendo uma dupla de baixo e bateria é até difícil fugir do basicão do bom e velho roquenrrou, mas os caras mandam tão bem em seus instrumentos (o uso de efeitos diversos no baixo é algo de deliciosamente surpreendente) e são tão criativos em suas composições que a coisa toda, enfim, ganha ares de grande sofisticação, principalmente se os compararmos a bandas que fazem um tipo de som parecido e que têm sua formação, digamos assim, mais “completa” (ou não... hehehe). É mesmo meio que inevitável fazermos algumas comparações, por exemplo: “Out Of The Black” tem todo um jeitão de algo entre White Stripes e Muse e “Little Monster” poderia estar em qualquer disco do Queens Of The Stone Age. De qualquer forma, é um disco realmente totalmente excelente.
Essa versão japonesa que estou disponibilizando aqui tem 3 faixas de bônus, que também constam em outros lançamentos da banda (EPs, singles, etc). Agora só nos resta esperar pelo próximo disco deles.
No mais, é o de sempre: divirtam-se!

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segunda-feira, 7 de março de 2016

Steve Howe Trio

 The Haunted Melody (2008)

Travelling (2010)

Inglaterra
Instrumental + Fusion + Jazz + Rock Progressivo
Steve Howe (guitarra e violão), Ross Stanley (órgão Hammond) e Dylan Howe (bateria)

Na postagem sobre o DeWolff eu disse que eles eram “o power trio sem baixo mais fantástico de todos os tempos”. No momento em que escrevi isso, me veio à cabeça o Steve Howe Trio, que também é fantástico e totalmente excelente. Além disso, Steve Howe também é um dos guitarristas mais fantásticos de todos os tempos. Agora, fantástico mesmo é se você não souber quem é esse sujeito... hehehe
Entre idas e vindas em algumas bandas e vários projetos solo, Howe se “aprochegou“ ao seu primogênito, Dylan Howe, batera de qualidade (que já vinha tocando em vários álbuns do pai) e ao soberbo organista Ross Stanley, e, então, formaram o trio alvo desta postagem.
O primeiro álbum, “The Haunted Melody”, de 2008, nos brinda com uma excelente fusão entre jazz e rock progressivo, além de outros agradáveis temperos. Entre covers e músicas próprias, três versões de músicas apresentadas na época do Yes ganharam cara nova, é claro, mas o novo arranjo de “Mood For A Day” é algo de simplesmente sensacionalmente fenomenal. Já “Travelling”, de 2010, é gravado ao vivo em apresentações no Canadá e na Inglaterra e traz praticamente todo o material do álbum de estreia do trio, com exceção de “Sweet Thunder”, mas com o acréscimo de mais duas músicas: “Tune Up”, de Miles Davis, e “He Ain't Heavy, He's My Brother”, antigo sucesso da banda The Hollies.
No mais, é isso aí, muita música de qualidade extrema pra sua total e completa diversão.

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