quinta-feira, 28 de abril de 2016

Moonshadow


Uma jornada através da loucura, a transição entre as doces fantasias infantis e o duro realismo da maturidade, a construção do caráter e da personalidade, a desconstrução dos heróis do passado e a escolha de se viver em seu mundo próprio, criado a partir de seus mais fantásticos delírios, desejos, sonhos e de suas múltiplas experiências. Seja bem vindo ao mundo de Moonshadow!
Esta graphic novel, classificada como “um conto de fadas para adultos”, é um dos marcos deste tipo de literatura. Criada e escrita por J. M. DeMatteis e ilustrada maravilhosamente por Jon J. Muth e Keith Williams, mais a colaboração de George Pratt, foi lançada pela Vertigo nos anos 80 e conta a história de Moonshadow, filho de uma hippie delirante com uma esfera brilhante alienígena, através do tempo e do espaço sideral, numa louca aventura em busca da maturidade e da felicidade, até o momento do seu, enfim, despertar.
A história é contada de uma forma satírica, extremamente refinada; é lírica e absurdamente divertida; é, também, cheia de referências, sejam elas literárias, musicais, filosóficas, religiosas e/ou muitas mais. Como exemplo:
. Moonshadow, nome da personagem principal, foi tirado da música de mesmo nome, um clássico de Cat Stevens;
. o gato de Moonshadow se chama Frodo, o bravo hobbit protagonista de O Senhor Dos Anéis;
. os G’L Doses (um dos quais é o pai de Moonshadow), são seres alienígenas misteriosos e caprichosos, em forma de um rosto esférico brilhante; são vistos em vários mundos, sendo considerado deuses, distribuindo benesses e destruição em generosas doses;
Além disso, há a personagem inesquecível, o mal-humorado, egoísta e viciado em sexo, Ira, um humanoide coberto de pelos, com rabo de pompom branco e seus indefectíveis charuto e chapéu coco – sem dúvida uma das melhores coisas dessa graphic novel.
Bem, em vez de contar e discorrer sobre todas as virtudes e importância dessa obra, um verdadeiro clássico moderno, e gastar todos os meus substantivos, adjetivos, elogios, superlativos e babações em geral, deixo para vocês terem suas próprias avaliações; é só pegar o link na caixa de comentários, baixar e se divertir. E só pra constar: comentários continuam a ser muitíssimos bem vindos!!!

Resenha de Rodrigo Emanoel Fernandes no site Universo HQ
Resenha de Matthew David Surridge no site Black Gate
Wikipedia 

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quinta-feira, 21 de abril de 2016

Cathedral

Stained Glass Stories (1978)

The Bridge (2007)

EUA
Rock Progressivo
Paul Seal (vocais, percussão, bass pedal), Rudy Perrone (guitarras, violões e vocal - “Stained Glass Stories”), David Doig (guitarras e violões - “The Bridge”), Tom Doncourt (teclados, glockenspiel, percussão e efeitos), Fred Callan (baixo, bass pedal e vocal), e Mercury Caronia IV (bateria e percussão)

Essa postagem é meio que um re-up, porque só um dos dois discos eu já tinha postado aqui (deletado agora), o “The Bridge”; porém, este e “Stained Glass Stories” foram postados pelo meu irmãoSinho Edson d’Aquino, El The La Mota Master, no seu, no meu, no nosso Gravetos & Berlotas. Então, na cara dura, fui lá e surrupiei os ótimos textos do Edson e são as palavras dele que vocês lerão a partir de agora (valeu, bRodão!!!!). Divirtam-se!

Não se pode dizer que 1978 foi um bom ano para os amantes (ou apenas simpatizantes, como eu) do prog rock. O punk havia tomado de assalto corações e mentes de uma nova geração um par de anos antes e, na necessidade de canalização de sua ira, escolheu como seu principal alvo o gênero que impregnara o roquenrou com fortes doses de sofisticação. Pregando o D.I.Y., o movimento tinha como objetivo promover o retorno do rock às suas origens, incluindo aí fortes doses de inconformismo, tão comuns a qualquer jovem e negligenciado pelo cenário um tanto mais erudito do prog. Por conta disso, muitas bandas já apontavam para direções mais pop e que viriam a desembocar, já no início dos '80, no neo prog.
Mas não a nova-iorquina Cathedral, para cujos integrantes o que interessava era o symphonic prog de bandas inglesas do quilate de Genesis, Yes, King Crimson, Gentle Giant, Camel... A lista é longa. E foi na contramão que Paul Seal, Rudy Perrone, Tom Doncourt, Fred Callan e Mercury Caronia IV decidiram remar, devidamente assessorados e financiados por “papa” Mercury Caronia III, que lhes conseguiu ainda um contrato com a nanica Delta Rec., que prensou apenas algumas centenas de cópias, que logo se tornaram sonhos de consumo de colecionadores. E não à toa, pois seu único trabalho, “Stained Glass Stories”, foi um dos últimos grandes suspiros do rock progressivo como o conhecemos, cheio de longas peças/suítes e transbordando criatividade. Um perfeito exemplar de como absorver influências em proveito de encontrar sua própria voz. E para que isto ocorra não basta apenas juntar uma penca de excelentes músicos, deve haver um diferencial. E este tem nome: Rudy Perrone. Responsável por tudo que necessitasse de cordas de aço ou nylon para ser executado (exceto baixo, magistralmente digitado por Fred Callan), Perrone nos proporciona verdadeiras lições de como encontrar, demarcar e dominar seu espaço em arranjos extremamente complexos sem jamais soar desnecessário ou pedante.
Certamente, “Stained Glass Stories” está entre aqueles discos que lamento profundamente não ter conhecido à época de seus lançamentos. E talvez vocês compartilhem desta mesma opinião.

E a saga continua. Longos 30 anos após o lançamento de “Stained Glass Stories”', com quase toda a formação original. O “quase” fica por conta da entrada de David Doig na vaga de Rudy Perrone, hoje um renomado violonista new age vinculado ao selo Windham Hill, ícone do gênero.
O novo integrante não fez feio ao manter o elevadíssimo padrão impresso por seu predecessor naquele primeiro trabalho, o mesmo valendo para todos os demais integrantes, que procuraram ater-se, tanto quanto o possível, a estrutura daquele pequeno clássico cult (além de ainda valer-se dos bons e velhos teclados analógicos, incluindo aí o mellotron) ao mesmo tempo em que temperos mais contemporâneos eram cuidadosamente incorporados. Para tanto, foram necessários mais de três anos entre ensaios e gravações para que “The Bridge” se mostrasse um digno sucessor de “Stained Glass Stories”. Mas o esforço valeu muitíssimo a pena, pois apesar de ressentir-se da aura de surpresa causada na estreia, estão ainda aqui as longas e inspiradíssimas suítes, agora com guitarras timbradas de forma a acrescentar uma muito bem equilibrada dose de século XXI à sonoridade da banda e violões arpejados com diferenciada maestria por Doig. Não à toa, um seu tema solo (“Kithara Interludium”) está entre os melhores momentos do disco em seus mais de 6 minutos de pura delicadeza e virtuosismo perfeitamente dosado.


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sábado, 16 de abril de 2016

Circulus


Inglaterra
Folk + Psicodelia + Música Medieval + Rock + Progressivo + Alternativo

Aqueles que frequentam este blog (e os outros que já tive) já devem ter percebido que tenho uma certa “queda” por bandas que parecem estar deslocadas no tempo e no espaço, já postei várias delas por aqui e tudo o mais. Porém, caros amigos, nenhuma delas parece mais deslocada do que essa: Circulus.
Pra começar, não me parece ser bem uma banda, mas muito mais uma comunidade, devido à quantidade de músicos que participam e colaboram em suas músicas – por essas e por outras que eu não coloquei as informações sobre a formação da banda ali em cima, como sempre faço. O certo é que se tivesse que se nominar um líder, esse seria Michael Tyack, principal compositor e cantor, que também toca uma pancada de outros instrumentos (entre esses, alguns bem raros como o cistre - uma espécie de alaúde). 
Outras razões para esses “deslocamentos” são:
. o estilo musical, que é, tipo, um psychedelic alternative prog folk rock with influences of medieval music (achei que ia ficar mais maneiro em inglês... hehehe), um som bem chegado a muito do que se fez entre meados dos...
. anos 60 e 70; o que é outra característica em si.
. seus shows costumam ser ao ar livre, com o público sentado, viajandão, hippies, neo-hippies, alternativos, peace & love, fumaça e névoa.
. a influência escancarada de todos os artistas e bandas de folk “de raiz” e de bandas como Pentangle, Jade, Fairport Convention, Comus, Steeleye Span, Gryphon, Strawbs, entre outras.
. Michael Tyack verdadeiramente acredita em fadas, duendes, gnomos, elfos, pixies e demais seres elementais, fantásticos e mágicos (imaginem vocês o que as drogas não fizeram na cabeça desse sujeito – oooops, eu também quero!!!!).
Se eles apresentassem suas músicas, do jeito que são, na Idade Média, provavelmente serviriam de combustível, facilmente, para alguma fogueira da tal “Santa” Inquisição; felizmente, hoje em dia, é combustível para muita diversão, seja lá em volta de uma fogueira, envolvido em névoas lisérgicas, no escuro do quarto ou tocando no seu ouvido em meio ao caos da cidade.
Talvez eles tenham vindo mesmo de outra época ou de outro planeta, e quando chegaram aqui se depararam com instrumentos estranhos e LPs obscuros; talvez sejam filhos de hippies e já tenham nascido com sua cota de LSD no sangue, sei lá, mas o que interessa é que a música que fazem é do melhor tipo, música boa por natureza.
Estou disponibilizando aqui os três álbuns que lançaram, mais um EP e três singles, entre esses últimos a versão deles para “Lucy In The Sky With Diamonds” (de vocês sabem quem...) presente numa coletânea feita pela Mojo Magazine
Viagens e muita diversão garantida!!



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terça-feira, 12 de abril de 2016

Hypnos 69

Monkey3 & Hypnos 69 [Split EP] (2007)

Hypnos 69 - Live At Lido Berlin (2012)

Bélgica
Rock Progressivo + Psychedelic + Space + Stoner + Hard + ‘70s + Retro + Vintage
Steve Houtmeyers (vocais, guitarras e efeitos), Steven Marx (saxofones, clarineta e teclados), Tom Vanlaer (baixo, teclados) e Dave Houtmeyers (bateria, percussão, efeitos e teclados).

Na postagem anterior sobre o Hypnos 69 eu escrevi que o álbum “Live At Lido Berlin” estava disponível para download gratuito na página deles no Bandcamp. OK, está mesmo; porém, os arquivos estão com bitrate variável; então, consegui os arquivos em 320kbps e resolvi postar esse álbum aqui, também.
Além disso, no meio do caminho, acabei conseguindo também um EP que eles dividem com a totalmente excelente Monkey3. Nas músicas do Hypnos 69 têm o credito da participação de um guitarrista convidado, chamado somente de Robby, se alguém souber o sobrenome e quiser compartilhar conosco, será muitíssimo bem vindo (já pensou se for o Robby Krieger?!?!?!). Ambos os discos contêm músicas inéditas nos álbuns oficiais; assim é certamente um “algo a mais” para se completar a discografia.
No mais, meus caros, o de sempre: divirtam-se!

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domingo, 10 de abril de 2016

Godsmack - Drum Battle

Não sou fã do Godsmack, até gosto de uma música ou outra. O Sully Erna (vocalista, multi-instrumentista) tem um disco solo (“Avalon”, de 2010) sensacional, que meu irmão de armas musicais Edson d’Aquino El The Berlotas Master até já postou lá no Gravetos & Berlotas.
A parada é que esse duelo de baterias e percussão é simplesmente totalmente excelente. Tão foda que resolvi postar aqui, para aqueles que, da mesma forma que eu, não tem a menor ideia de como é um show do Godsmack.
Divirtam-se!!

 

domingo, 3 de abril de 2016

Rush: Classical Tributes

 The String Quartet - Exit... Stage Right - Tribute To Rush (2002)

 The String Quartet - Tribute To Rush's 2112 (2005)

The Royal Philharmonic Orchestra - Plays The Music Of Rush (2012)

Hoje, algo um pouco diferente: três tributos ao melhor, maior, mais fodaralhástico power trio de todos os tempos – RUSH
Dois são interpretados pelo The String Quartet, um projeto da Vitamin Records que já “coverizou” trocentas bandas, artistas e álbuns, com resultados sempre muito bons, alguns até extremamente surpreendentes. Um deles é a versão do disco ao vivo “Exit... Stage Left”, (porém, sem a minha preferida “La Villa Strangiato”) e o outro é a versão completa do disco “2112”, contando até com arranjos de violão (caso raro na formação desses tributos com quarteto de cordas).
O terceiro disco traz músicas interpretadas por nada menos que a Royal Philharmonic Orchestra, uma das cinco melhores do mundo, contando ainda com o auxílio luxuosíssimo de Adrian Smith (Iron Maiden), na faixa “Red Barchetta”, e Steven Rothery (Marillion), na faixa “Working Man”.
Tá esperando o quê? Vá já aos comentários, pegue os links, baixe os discos e divirta-se!!

The String Quartet (Vitamin Records)

The Royal Philarmonic Orchestra

Mais detalhes no site CygnusX-1.net



Esses próximos vídeos trazem a mixagem do álbum original com o tributo, acho que ficou sensacional!!!


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