sábado, 26 de dezembro de 2015

Baby Animals

 
 Shaved And Dangerous (1993)

Il Grande Silenzio (2008)

This Is Not The End (2013) [2014 Deluxe Fully Loaded Edition]

O primeiro disco que postei nessa minha volta ao Plano Z foi o début da banda australiana Baby Animals. Na resenha eu disse que tinha baixado a discografia; eu fiquei tão empolgado por redescobrir esse disco que acabei nem ouvindo os outros. Pois bem, acabei de fazer isso e resolvi que eu deveria postá-los aqui também.
Shaved And Dangerous” é meio decepcionante; até tem algumas faixas que são bem boas (gostei bastante de “Lovin’ Lies” e “Lights Out At Eleven”), mas no geral as músicas são meio mal resolvidas, apesar de muitas boas ideias aparecerem aqui e ali; parece um disco feito a toque de caixa, pra cumprir contrato, com a velha história de pressão da gravadora, sacumé?
Il Grande Silenzio” é uma outra história. É um disco quase que totalmente acústico que traz versões de muitas músicas do disco de 1991, uma do de 1993 e algumas inéditas. A grande maioria das versões traz uma abordagem bem diferente das originais e, pelo menos pra mim, isso foi um grande acerto, porque trouxe vida nova às canções, muitas surpreendentes até, seja com a levada do dobro com slide (de Doyle Bramhall II) em “One Word”, as tablas em “Painless” e a bela balada “Submarine”, só pra citar algumas. Além disso, o disco conta com participações de Cameron Stone (violoncelo), Charlie Bisharat (violino) e o já citado Bramhall II, que tocam em várias músicas. Esse disco periga ficar em loop no seu player...
This Is Not The End”, lançado em 2013, traz a banda reformada: saíram o baixista Eddie Parise e o baterista Frank Calenza, para a entrada de, respectivamente, Dario Bortolin e Mick Skelton. É claro que esse disco não tem a força do primeiro, mas também é bem superior ao segundo. Depois de 20 anos sem lançar um disco de inéditas, dá pra perceber o quanto eles amadureceram e que, também, continuam mandando muito bem, até porque a versão deluxe traz um CD ao vivo em que a empolgação do público é bem reveladora.
Galera, é isso aí, os links estão nos comentários e só me resta dizer o de sempre: divirtam-se!!


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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

"Rir É O Melhor Remédio" - Nº 3


quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Ingranaggi Della Valle

Ingranaggi Della Valle - In Hoc Signo (2013)

Itália
Rock Progressivo
Igor Leone (vocais), Flavio Gonnellini (guitarras, vocais), Marco Gennarini (violino, vocais), Mattia Liberati (teclados) e Shanti Colucci (bateria e percussões) – com: David Jackson (saxofone e flauta na faixa 11), Marco Bruno (baixo na faixa 2), Edoardo Arrigo (baixo e vocais na faixa 3), Simone Massimi (baixo elétrico, baixo fretless e baixo acústico),  Luciano Colucci (“Indian mystic speech” na faixa 9), Fabrizio Proietti (violão clássico na faixa 4), Mattias Olsson (bateria e percussão na faixa 9, barulhos e sons na faixa 10), Beatrice Miglietta  (vocais na faixa 11) e Angelica Sauprel Scutti (vocais na faixa 11)

Sabem aquilo tudo que amamos muito no rock progressivo? Quero dizer, uma banda em que os caras tocam tudo o que sabem, que sabem compor e arranjar, todo o trabalho em prol da música, disco conceitual, isso tudo e tudo o mais. Pois é, meus caros, todas essas maravilhas estão aqui nesse surpreendente álbum, “In Hoc Signo”, de 2013, até agora o único na discografia dessa banda italiana chamada Ingranaggi Della Valle. Vale ainda dizer que todo o disco tem um tremendo cheiro de anos 70, o tão falado vintage, principalmente quanto aos timbres dos instrumentos e ao approach em geral, porém com a qualidade de gravação do século XXI. Só espero que, como muitas bandas italianas do passado, eles não fiquem somente nesse disco...
Ao pesquisar sobre esse álbum, não achei uma resenha ruim sequer, ao contrário, os elogios fluem soltos. Em uma delas um cidadão chamado Todd os comparou ao Arti & Mestieri, mas como se eles tivessem seguido um caminho mais chegado ao sinfônico, ao invés de enveredarem pelo caminho jazz rock/fusion; ele compara também as habilidades de cada músico, relacionando suas equivalências. Acho que para qualquer baterista, ser comparado equivalentemente ao Furio Chirico é mais do que um puta elogio; ainda mais porque em outra resenha surgiu a pergunta: “será que estamos diante de um novo Bill Brufford?”. Não é pouco, não! Como se não bastasse, neguim também rasga todas as sedas em relação ao vocalista Igor Leone, que tem um alcance vocal incrível. Para não ficar chovendo no molhado, a maioria dessas resenhas estão no Prog Archives, para lê-las clique aqui (estão na parte de baixo da página do PA).
O certo é que esse é realmente um discaço e não vou fazer vocês perderem mais tempo com reminiscências, vão logo até os comentários, peguem o link, baixem o disco, escutem e, sim, divirtam-se!
PS: só pra constar, comentários sempre são muitíssimo bem vindos!

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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Begin Again (Soundtrack)

Begin Again (OST) [Deluxe Edition] (2014)

Trilha Sonora Original: Pop + Rock + Indie + Folk
Site Oficial
Wikipedia
IMDb (filme)
IMDb (trilha sonora)

Há já alguns meses quando, zapeando na madrugada, me deparei com a gracinha Keira Knightley cantando deliciosamente e tocando violão em um filme que não parecia nada demais. Mas o que essa menina está fazendo cantando e tocando violão? Bem, provavelmente ela está só dublando... Já tinha passado alguns minutos do início do filme e eu detesto ver filme já começado, mas estava gostoso, bacaninha mesmo. O filme foi se desenrolando, um misto de romance, drama, comédia e musical; acabou me prendendo e fui até o fim. Em seguida fui procurar o filme pra ver o início, que eu tinha perdido. Quando me dei conta, já estavam passando os créditos – de novo! E, caramba, era ela mesmo cantando!
O filme se chama “Begin Again” (em português tem o horrível título “Mesmo Se Nada Der Certo”) e, além da Keira Knightley, conta com Mark Ruffalo (ótimo como sempre), no papel de um produtor musical em meio ao ostracismo (ambos nos papéis principais) e ainda com Catherine Keener, James Corden, Hailee Steinfeld e três cantores se arriscando como atores: Adam Levine, Mos Def e CeeLo Green.
O filme, como eu já disse, é bem bacaninha, divertido, gostoso mesmo, mas nada que vai mudar o mundo de alguém, porém também é muito melhor do que muita coisa que vem rolando ultimamente. Não vou contar nada sobre o filme para não estragar para aqueles que, eventualmente, se aventurarem a assisti-lo.
Agora, a trilha sonora é bem acima da média, e conta com composições originais de Gregg Alexander e vários parceiros, entre eles John Carney (diretor e roteirista do filme), CeeLo Green e Glen Hansard (que já havia trabalhado com Carney no totalmente excelente “Once”),   além de contar com 4 faixas de uma banda chamada Cessyl Orchestra (da qual eu nunca tinha ouvido falar e, sinceramente, não é nada de mais – aparentemente é um dos projetos de Gregg Alexander).  Vale dizer que Gregg Alexander é o cara por trás da banda New Radicals,  que teve o ultra mega super hit “You Get What You Give” e logo em seguida “auto-implodiu” a banda. Keira Knightley não é assim uma grande cantora, é claro; ela tem uma voz pequena e meio infantil, mas se aproveita de seus dotes de (excelente!) atriz para dar verdade e vontade às suas interpretações, com ótimos resultados; já os outros cantores que mais aparecem nessa trilha, Adam Levine e CeeLo Green, bem, esses dois mandam muito, como já sabemos.
Além das canções que constam nesse disco, o filme ainda traz uma ótima seleção de músicas, como “For Once In My Life” (Stevie Wonder) e “Luck Be A Lady” (Frank Sinatra), entre outras.
É isso aí, divirtam-se!


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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Narvales

Narvales

Argentina
Rock + Hard Rock + Classic Rock + Pop
Nacho Bruno (vocais e violão), Leandro García (guitarra), Pablo Rodríguez (guitarra), Nicolas Vidart (baixo) e Mauro Ledesma (bateria)

Existe uma certa lenda sobre o segundo disco de uma banda ou artista, algo que diz que nunca é tão bom quanto o primeiro, principalmente se o primeiro tiver feito bastante sucesso. Há casos e casos; “The Bends”, do Radiohead, é superior a “Pablo Honey”, por exemplo, o mesmo acontece com "Bleach" e "Nevermind", do Nirvana - e esses são só os dois que vieram à minha cabeça sem nem pensar muito. É a mesma coisa com a banda desta postagem.
Narvales é uma banda oriunda da província de La Plata, que é considerada a ”capital do rock” da Argentina, e que até agora só lançou 2 discos: “El Fin Del Principio”, de 2007, e “Un Segundo”, de 2013.
El Fin Del Principio” é um bom disco de rock, com uma pegada hard e alguns toques pop, mas é daquele tipo de disco que, mesmo sendo bom, a gente sente falta de alguma coisa, algo meio indefinível. Pois bem, tudo o que se promete nesse disco é concretizado, com louvor, em “Un Segundo”, um disco que beira a perfeição, que mantém a essência do primeiro, mas o extrapola em todos os sentidos: canções, arranjos, performances, produção, tudo é melhor, em comparação.
Pra mim, “Un Segundo” é um discaço, com vários momentos memoráveis, ótimas guitarras e refrões que teimam em não sair da cabeça. Já começa com o riff poderoso de “Creer”, uma canção com vários climas e um refrão chicletudo; “Un Segundo” é outra com refrão poderoso, fico imaginando ao vivo, com os hermanos da plateia cantando junto, muito alto. E assim vai; o disco segue e não dá vontade de pular nenhuma faixa, pelo contrário, todas as músicas têm algo de interessante, mesmo nas letras (bem, eu realmente não sou fluente em espanhol, mas dá pra entender e sacar que as letras fogem de obviedades).
Esse disco também traz a participação de vários artistas – Facundo Soto e Yamil Salvador (Guasones), Juan Calabró (La Vieja Vis), Indio Márquez (Andrés Calamaro), Gustavo Rowek (ex V8 e Rata Blanca) e Copi Corellano (ex Hèroes Del Silencio) –, porém eu não consegui identificar exatamente em quais faixas eles participam.
Eu entendo que algumas pessoas tenham algo contra o rock cantado em espanhol, mas se gostam de música boa, deem uma chance ao Narvales, ainda mais porque os caras disponibilizam os dois discos totalmente de graça na sua página do Bandcamp.
É isso aí, divirtam-se!

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“El Fin Del Principio”
“Un Segundo” 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

"Rir É O Melhor Remédio" - Nº 2